Cada
vez mais se torna difícil a reunião de pessoas em locais considerados públicos
(parques, praças, centros culturais etc).
A
sociedade é motivada pelo consumo, levada a frequentar os espaços
privados que são desenvolvidos para incentivá-las a esse modo de vida.
O maior exemplo disso é a proliferação dos shopping centers espalhados em toda as cidades. Local construído para realização do consumo das mais diversas mercadorias, tornando-se o espaço da diversão por excelência e o principal ponto de referência de qualquer cidade.
Por
todas as cidades, em cada bairro é possível se deparar com um desses shopping centers. Sua forma e modelo
de construção seguem um padrão quase que mundial, pois possuem os mesmos
aspectos e as mercadorias tornam-se conhecida por todas as pessoas.
Em
linhas gerais esses locais assumem as características dos locais públicos. A
começar pela segurança constante que além de cuidar do bem-estar daqueles que
trafegam pelos corredores, também controla a entrada das pessoas, ou seja, se
uma pessoa não está adequadamente vestida por exemplo, ocorrerá pro parte da
segurança a ação coercitiva controladora sobre essa pessoa. Os serviços como
banheiros, postos de atendimento médico, eventos culturais, áreas de diversão
gratuita, acentos para descanso e outros tantos serviços fazem com que um local
privado se torne de uso público, principalmente pela segurança que é passada
aos frequentadores.
O
previsível é parte de todo passeio ao shopping center, pois mesmo em dias de
chuva estará sempre seco, em dias de frio haverá o calor e em dias de calor
haverá o ambiente refrescante proporcionado pelos aparelhos de ar-condicionado.
Renato
Ortiz faz uso da expressão “não
local”, ou seja, um local que dentro da dinâmica do mundo globalizado é padrão
em qualquer parte do mundo e em qualquer lugar. Talvez fosse correto dizer
então que o shopping não tem uma nacionalidade definida. Obedecendo à lógica
consumista e, principalmente, transmitindo segurança aos indivíduos, mesmo
estando em países diferentes, é possível sentir-se seguro dentro de um shopping center qualquer.
Outra
função desses locais que não se restringem apenas aos shoppings centers, mas também ao free-shops dos aeroportos, os cyber cafés, as lan house, os grandes pontos
turísticos, hotéis etc. Transformam-se em pontos de referência por um mundo
desterritorializado, é como se estivéssemos em um deserto e sentíssemos a
necessidade de guias, pontos de
indicação ou lugares comuns em que todos pudessem se encontrar.
Outro
elo de ligação dos indivíduos é constituído através dos objetos, por exemplo,
em qualquer lugar do mundo é possível você beber uma Coca Cola, comer no Mc’Donalds, comprar uma calça jeans,
jogar Doom pela internet. Esses objetos passam a
pertencer a categoria das mercadorias de consumo comum entre os habitantes de
qualquer parte do mundo. Não possuem uma nacionalidade ou identificação especifica,
são objetos de consumo mundial.
Isso
faz com que nas grandes
metrópoles como São Paulo as ruas transforma-se em simples via
de acesso e não mais o local do encontro, do entretenimentos, da manifestações
sociais de diversos tipos, elas perdem o seu atrativo principalmente porque o
grande espaço do encontro se torna os locais fechados, previsíveis e
mundializados dos shopping
centers.
Quero voltar para o mato!rsrsrsrs
ResponderExcluirAcho q vou logo, logo! nossa não suporto mesmo CIDADE, nem Recife mais!imagian São Paulo.
Amei seu Blogg moço
saudades! vou passar aqui para matar um pouco de saudades.
Elis
E eu com saudades da Rua Santa Efigenia! Ar livre e os camelôs parecidos comigo!
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