O primeiro ministro britânico Gordon Brown demonstrou bastante preocupação com a crise atual, chegando a cunhar um neologismo "desglobalização". A expressão surgiu no dia 30 de janeiro, em uma coletiva em Davos.
Para Gordon Brown, o capitalismo deve tomar providências para que o mundo tenha uma globalização "mais bem administrada".
Depois da bonança, vem a tempestade e com ela surge o que há de pior na sociedade.
No mesmo Reino Unido de Gordon Brown, trabalhadores britânicos realizaram um protesto em uma refinaria de Lincs, Escócia. Motivo: A "contratação" de 300 funcionários italianos e portugueses pela empresa Irem para a construção de uma refinaria.
Esse é apenas um dos efeitos políticos em momentos de crise econômica. O protesto já ganhou a adesão de partidos de extrema direita, alguns grupos pedem a saída do Reino Unido do bloco europeu.
Em 2007, Gordon Brown, numa convenção dos trabalhistas defendeu que os "empregos britânicos" seriam para os "trabalhadores britânicos".
E não é só no Reino Unido que atitudes de xenofobia vêm se manisfestando. No Japão, imigrantes (inclusive brasileiros) estão sendo atacados, na Itália médicos estão recebendo recomendações para delatar estrangeiros e nos EUA propagandas de TV orientam a não contratação de mão de obra imigrante.
Como sempre em toda em toda história da humanidade, é mais fácil culpar os outros pela crise.
Folha de São Paulo 31/01/09: "Pânico faz Brown temer 'desglobalização'"
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