"PRA FRENTE BRASIL!": AS IDEIAS POSITIVISTAS NO REGIME MILITAR


                       
 Qualquer brasileiro (ou pelo menos a maioria) sabe o lema bordado na bandeira do Brasil: "Ordem e progresso".

 Esse é o lema do "positivismo", corrente de pensamento desenvolvida por Augusto Comte no século XIX. Mas, foi o sociólogo Émile Durkheim (1858/1917) seu teórico mais importante.

 Na visão dos positivistas a sociedade funcionava "como um todo orgânico, regulada por leis naturais". Assim os acontecimentos da sociedade ocorriam independente da "vontade dos individuos" (RIDENTI, 1992).

  Como um organismo em constante evolução o ideal positivista acreditava que bastava conhecer os mecanismos reguladores da sociedade para poder organiza-la, com isso caberia aos individuos obedecer e respeitar as normas da sociedade para poder participar do seu progresso.

 Por aproximar a Sociologia das demais ciências, Durkheim acreditava que o pesquisador deveria manter uma certa distância em relação aos fatos analisados pelos sociólogos, essa a chamada "neutralidade cientifica" (COSTA, 1997).

  Pois bem, é no Brasil republicano que essas ideias tornam-se dominantes e são incorporadas nos corações e mentes do povo brasileiro.

  Ao fazer uso do lema "Ordem e Progresso" os republicanos, e bem mais a frente os militares que tomam o poder a partir de 1964, colocavam à população brasileira que, para ter progresso seria necessário ter a ordem, ou seja, todos deveriam respeitar e aceitar as regras impostas pelo governo, qualquer protesto era visto como sinal de contrariedade ao progresso brasileiro.

  No Regime Militar (1964/1984) caberia ao Estado manter a "ordem interna a qualquer preço" (RIDENTI, 1992), mesmo que para isso fosse necessária a repressão violenta que marcaria esse como um dos piores períodos da história brasileira.


BIBLIOGRAFIA UTILIZADA

COSTA, Cristina. Sociologia Introdução à Ciência da Sociedade. São Paulo: Moderna, 1997.
RIDENTI, Marcelo. Politica pra quê?. São Paulo: Atual,1992.

Comentários

  1. VIVA O POSITIVISMO...
    VIVA AS FORÇAS ARMADAS...
    VIVA AUGUSTO COMTE..

    Viva a IGREJA POSITIVISTA DO BRASIL...

    VIVA MIGUEL LEMOS
    VIVA RAIMUNDO TEIXEIRA MENDES
    VIVA BENJAMIN CONSTANT

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    1. MORTE A IVANA !! MORTE A IVANA !!
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  2. Alexandre: o que você falou sobre Comte e o Positivimo é bobagem. Eu também sou sociólogo e minha tese de doutorado é sobre o pensamento político positivista: não vi NADA do que você disse (aliás, repetindo o pior senso comum acadêmico do país).

    Gustavo Biscaia de Lacerda.

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  3. Gustavo, como não viu? O sinal mais na cara da influência do positivismo éa fortíssima hierarquização da sociedade brasileira entre ricos e pobres, aqueles que mandam e aqueles que obedecem. O positivismo penetra em praticamente todas as principais áreas da sociedade brasileira, da educação à política, tudo segue essa lógica. No pensamento original do Comte, aqueles que mandam obviamente seriam os adeptos da religião da humanidade. A grande "sacada" da elite brasileira foi expandir esse conceito por aqui para abarcar a elite bem-educada, culta, fina, refinada, em contacto permanente com o que rolava na Europa, em oposição à ralé feito de mulatos, escravos e índios, analfabetos, rudes, sujos, fedorentos etc etc. Adivinha quem estava "destinada" a mandar no Brasil? Mais: não apenas a elite tinha a sacrossanta missão de liderar o progresso brasileiro, com práticas tais como o "branqueamento" da população pela imigração europeia mas, dentro dela, as forças armadas seriam o garante dessa elite, cuja missão seria colocar as coisas em seu devido lugar, a saber, a imensa maioria "bárbara" da população em seu devido lugar de inferiores. Isso explica, por exemplo, porque as forças armadas passaram o período republicano inteiro interferindo na política, culminando com o maldito golpe militar de 64. Sempre que havia ameaça de "subversão da ordem e do progresso" pelos inferiores, lá vinham eles colocar as coisas em ordem. Por que você acha que as polícias e toda a segurança pública são totalmente militarizadas, e se comportam como se estivessem numa guerra? porque, para a elite, que continuamente os treina, há uma real guerra entre eles, elite, e os pobres, sempre a ameaçar a "ordem e o progresso". E eu nem falei da influência do positivismo na educação, por exemplo. Fica para uma outra oportunidade. Esse será o assunto do meu T.C.C. (estudo filosofia).

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    1. Infelizmente, todos os seus comentários a respeito do positivismo, seja no que se refere às idéias do próprio Augusto Comte, seja no que se refere à atuação dos positivistas brasileiros, estão erradas e correspondem aos mais variados e profundos preconceitos.
      Na verdade, esses preconceitos são difundidos convictamente por marxistas (ou socialistas, ou comunistas, ou qualquer vertente à esquerda), mas o fato é que a maior parte deles vem da direita, isto é, dos liberais e dos católicos (quando não dos liberais católicos).
      Você é da filosofia, mas deveria fazer um pouco de estudos de história, mas, bem entendido, de história narrada não de acordo com os manuais dos partidos políticos marxistas.
      Se você estudasse história sem seguir os seus manuais partidários e ideológicos, veria que a idéia de que os positivistas foram os responsáveis pelas profundas desigualdades do país e/ou que foram os responsáveis pela legitimação de tais desigualdades não apenas é errada como corresponde ao contrário do que aconteceu.
      Infelizmente, você está mais interessado em ideologia que em pesquisa do conhecimento.

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    2. Olá Gustavo,
      Bom, não quero polemizar, mas aprender. Como pode reparar, esse texto escrevi baseado em uma bibliografia específica, mas, seria enriquecedor se tu disponibilizasse o link da sua tese ou de escritos que comprovassem seus argumentos.
      Abraços,

      Alexandre Ramos dos Santos

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    3. Marxistas,são psicopatas,sociopatas,não compreendem nada além daquele mundinho complexado deles.

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  4. APRENDI MUITO COM ESSE PEQUENO ASSUNTO. MUITO BOM. GOSTEI.

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    1. Boa tarde,vejo que toda crítica feita qualquer construção ideológica virou ataque marxista isso empobrece o discurso.

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