O REBANHO DOCENTE

        

Sei que posso ser muito criticado e atacado de maneira até agressiva mas, tenho que dizer, sinto um desânimo toda vez que tenho que ir a uma reunião de professores, sinto-me como em um encontro existencialista heideggeriano

Boa parte, confunde as lamúrias e reclamações batidas, com um tal senso crítico. Nesse contexto, aqueles que apresentam projetos, tem planos e otimismo são tidos como ingênuos e alienados ao tal "sistema".

Eu vejo de forma contrária, a tal indignação do professores transparece um certo conformismo. Frases como "não dá certo", "eu já vi essa história", "não tem jeito" e "não vai mudar nunca", soam como um mantra da conformidade.

O filósofo Renato Janine Ribeiro fala em uma indignação criativa. Assino embaixo. 

O otimismo (e olha que não sou nada otimista) deve ser uma arma a serviço da transformação, acredito que falta ao professor uma certa consciência e atitude política, alertando que essa atitude política não tem nada com as relações partidárias.

A passividade toma conta dos docentes, falta uma postura de contravenção e desobediência às regras, falta ousadia e um pouco de esperança.    

Muitos vão dizer: "Ah! Mas é só o discurso. Na prática, fazemos muito". Mas, é justamente esse discurso que reproduz uma insatisfação passiva, que tem força e que movimenta a categoria, rumo ao precipício.   

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