CONTA ERRADA

 
Apenas 10,3% dos alunos, saem com o aprendizado ideal de matemática ao final do ensino médio. Essa informação é, sem sombra de dúvidas, alarmante. Confira a link.
Como se não bastasse, a escassez de professores nas áreas de exatas é realidade comum. 
Qual o motivo que leva ao baixo rendimento dos nossos alunos? Por que os índices se mostram tão distante da média almejada? E o principal, por que os alunos têm tantas dificuldades quando o assunto são os números, cálculos e equações?

  Bom, antes de entregar o jogo, vai a dica de um texto, escrito por Paulo Blikstein, professor da Universidade de Stanford. Pesquisador na área de tecnologias na educação, Blikstein afirma que o interesse pelas ciências exatas seria maior se, houvesse a possibilidade de associá-los aos problemas do cotidiano. Enfim, segue o link do texto, escrito por Paulo Blikstein com o título: Uma nova concepção para ensinar exatas.

  Por parte da minha pequena experiência, tenho críticas não aos meus colegas matemáticas, físicos ou químicos, mas, a insistência de submeter o ensino das ciências exatas ao índices de países nórdicos.

 Muitos professores de matemática acreditam que, professores das ciência humanas, ensinam coisas que não necessitam do raciocínio, que é só dizer o que pensa ou ficar "filosofando" e pronto. Talvez a questão seja outra, a de que professores de ciências humanas possuem um feeling maior para verificar que nada adianta, falar das grandes guerras sem antes falar da guerra particular que cada aluno vive no cotidiano violento das escolas. 
Os alunos trazem dúvidas, querem aprender e respeitam e valorizam esse aprendizado, porém, quando ele faz sentido. E isso é de todo ser humano, a tendência de se aproximar por questões que o aproximam de sua realidade.

 Para não estender muito o assunto, esses índices seriam maior se nosso colegas professores decidissem que ensinar o aluno a comprar laranja na feira envolve muito de calculo matemático ou que numa receita de bolo tem muito da química. 

  Só isso não resolve logicamente. Muitos professores podem afirmar: "Mas eu já faço isso!".
Aí eu pergunto: "Mas com qual linguagem?"

Comentários