NESSE FLA FLU, TODOS PERDEM

           Estamos em meio a um Fla Flu ideológico, onde a arte do discurso vem sendo usada para promoção de pessoas e grupos específicos (extremos de “direita” e de “esquerda”).
         José Saramago , no Ensaio sobre a cegueira nos fala da " responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam". A questão é que para o senso comum, que não lapida as informações tudo vira motivo de discussão inflamada e, muitas vezes, o discurso convence, principalmente, porque fala aquilo que gostaríamos de ouvir.
        O problema é que, esses fabricadores da verdade (da direita ou esquerda) não se preocupam em analisar de forma sadia e racional, determinadas situações. Tudo vira pretexto da luta do bem contra o mal, num maniqueísmo sem fundamento.
        Quem perde com isso? 
      Todos nós. Pois, em um país onde as marcas de uma herança ditatorial se mantêm presente na nossa organização sócio política, a palavra e o discurso devem ser bem pensados, principalmente por figuras públicas, que exercem influência sob um número expressivo de pessoas.
     Um exemplo claro disso é o discurso abaixo de Adolf Hitler, proferido em 1934 para cerca de 200.000 jovens. Lendo o discurso, descontextualizado da situação é até empolgante, fala de ideias universais e, com certeza, comove em alguns trechos. Mas, esconde os perigos que levaria, anos depois, a vida de 6 milhões de seres humanos.

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