A vida cotidiana oferece para muitos a estabilidade e a segurança que nos permite admirá-la e dizer: "Como tudo é perfeito".
Como num conto de fadas, todos sonhos se mostram possíveis de se realizar, pela esperança e a fé religiosa que nos alimenta e conforta, pela ética do trabalho que nos conduz e pelo consumo nos satisfaz.
Como num conto de fadas, todos sonhos se mostram possíveis de se realizar, pela esperança e a fé religiosa que nos alimenta e conforta, pela ética do trabalho que nos conduz e pelo consumo nos satisfaz.
Tudo isso é perfeito se não fosse um detalhe: a vida é imperfeita e caminha, constantemente, a situações de angústia e infelicidade.
Numa sociedade hedonista, que prega a felicidade plena por meio de símbolos e da artificialidade, nos criamos como eternas crianças mimadas, incapazes de evitar os erros, de admiti-los, ou pelo menos tirar deles o aprendizado necessário para se viver.
E assim, caminhamos.
Assim como Dorothy, no filme O Mágico de Oz, chega uma hora que um ciclope arrasta tudo. Levando falsas esperanças, nos causando medo, colocando-nos diante daquilo que a vida é: angústia e infelicidade.
Matamos a Bruxa Má do Leste, onde todos nossos problemas veem à tona.
Como pagar essa conta?
Como pagar essa conta?
O amadurecimento se faz necessário, mas buscamos alento em coisas e sentimentos frágeis. E assim seguimos, rumo à Terra Encantada de Oz.
Porém, tem um detalhe!
Na vida não há magia que resolva ou dissolva nossos problemas. Logo a Bruxa Má do Oeste vem e com ela toda a sorte de problemas que se possa imaginar.
A vida se apresenta, novamente, como angústia e infelicidade.
O desejo de retorno uterino se faz presente, então evocamos "Não há lugar como a nossa casa!", na tentativa desesperada de acordar e ver que tudo não passou de um sonho, que a vida é um sonho e nada mais.
Será?
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