A ÉTICA DO MERCADO E O ESPÍRITO FRIBOI

Li rapidamente a notícia que a apresentadora Angélica (http://migre.me/odmMO) havia recebido críticas por estrelar um comercial de salsichas. A notícia seria banal, se a protagonista não autodeclarasse ser vegetariana.


Não demorou muito para que a loira respondesse às críticas esclarecendo que, apesar de ser vegetariana, come salsicha e peixe (esse último ela não considera como animal).

O que me intrigou foi dois casos idênticos. O primeiro, algo que ficou no meu subconsciente, refere-se à cantora Ivete Sangalo (esclareço que nada tenho contra a mesma) que num desses programas matinais havia dito que não bebia cerveja. Tempos depois, voilà! Lá está a musa baiana estrelando um comercial de cerveja.


E, finalizando, o polêmico exemplo do rei global Roberto Carlos (http://migre.me/odoBp), que estreou o comercial da misteriosa emergente Friboi. Tal como a apresentadora Angélica, o cantor é vegetariano militante e, no comercial, sequer toca na carne. Apenas vende sua imagem para deleite dos empresários e delírio dos fãs/consumidores.



O ESPÍRITO DO MERCADO

A questão central nos três casos acima é: Por que figuras que já possuem um status financeiro se propõe a tal papel?

É certo que todos os citados possuem uma vida financeira mais que confortável, mas parece que o espírito de empreendedorismo e de acumulação não vê limites. No caso, vegetarianos que fazem comercial de carne e uma abstêmia que faz comercial de cerveja. Parece que a "grana fácil" fala mais alto, pois é só ir lá, gravar um comercial e pouco tempos milhões caem na conta, a imagem se valoriza, o patrimônio cresce e todos os interessados ficam felizes.

Isso deixa claro o quanto as fronteiras éticas no capital são flexível e permissíveis. Tudo pode, desde que se envolva a venda de produtos, o benefícios de empresas e empresários e a movimentação do mercado.

Mas, e quem não pode estrear em comerciais badalados, o que faz para ganhar dinheiro?

Isso fica fácil se percebermos que o mercado um vale tudo, desde que, as formas de aquisição sejam honestos. Dentro dessa lógica, as pequenas omissões ou mentiras (as white lies para os norte americanos), tornam-se a base desse sistema.

Ensinamos aos nossos filhos que não se pode mentir. Nos é passado todos os preceitos éticos e morais, porém, o mercado assim o permite, afinal, é para o bem de todos (os envolvidos).

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