O GÊNIO E O IGNORANTE

Albert Einstein (1879-1955)
O que diferencia o gênio do ignorante é a capacidade de exercer uma humildade intelectual, capaz de reconhecer a si próprio (no caso do gênio) como um ignorante apto a aprender.

Diante de um país cindido pelas divergências de ideias, torna-se habitual as conversas que exalam toda sorte de sentimento negativo: ódio, rancor, preconceito, xenofobia, calúnias, conclusões mais do que precipitadas, esteriótipos, estigmas etc. 

Pequenos grupos ser formam para atacar outros grupos, perdendo cada um a capacidade de auto critica. Surge um narcisismo das pequenas diferenças (conceito de Freud que você pode ler aqui).

Por isso, considero a frase proferida por Sócrates a mais importante de toda a filosofia: só sei que nada sei.

O reconhecimento da própria ignorância, ou seja, da falta de conhecimento acerca de um determinado tema é o princípio da sabedoria. Pois, mais importante que as respostas prontas e acabadas, são as perguntas que somos capazes de elaborar (e, engana-se quem pensa que elaborar perguntas é tarefa fácil). 

Outro ponto importante é a postura diante do conhecimento, que exige uma humildade, possibilitando assim a observar e a falar antes de extrair conclusões.

Finalizo esse texto com o exemplo de Einstein, que não se limitou ao seu campo de conhecimento (outro fator importante para definir um gênio). Ao longo de sua trajetória escreveu sobre política, economia, abraçou causas pacifistas e escreveu sobre as questões raciais.

Mas, engana-se quem acha que a genialidade de um homem consiste em entrar para a história e figurar entre personalidade como Einstein e Sócrates. Eu diria apenas que, para ser gênio basta ter a humildade de querer aprender, reconhecendo a própria ignorância.

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