BOLSONARO LEGÍTIMO REPRESENTANTE DA NECROPOLÍTICA

Bolsonaro assinou a poucos dias uma medida provisória (MP) permitia a suspensão de contratos de trabalhos em até 04 (quatro) meses, porém, logo voltou atrás. A justificativa foi ter confiado em seu ministro e assinar algo sem ler. Patético e assustador para um sujeito que se diz presidente. Aprovada, a medida condenaria milhões de pessoas, justamente a que mais precisam de renda e condições para enfrentar essa pandemia do coronavírus.

Porém, o mais assustador veio agora a pouco, num pronunciamento irresponsável, que por si só justificaria sua saída imediata.

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Os discursos e ações de Bolsonaro não são aleatórios, representam toda uma
política com desejo de controle e extermínio

Acontece que todo o trâmite de impeachment é algo muito refinado para alguém como Bolsonaro, ele deve ser expulso e, com ele, toda a família de milicianos que nesse momento ocupa o comando do país.

Suas falas e ações não são aleatórias, pois ele representa o que há de pior na elite brasileira. Seu discurso combina perfeitamente com as atrocidades que escutamos nos últimos dias de figuras como Roberto Justus, o dono da Havan e o dono da rede de restaurante Madero. Para todos eles o fator econômico está acima de milhares de vidas, o que importa apenas são os lucros, o dinheiro e a mão-de-obra do trabalhador é apenas um elemento de exploração, sendo assim, a vida dessas pessoas não importa. Isso fica claro no teor dos discursos de cada um, a forma como se referem aos seres humanos e suas preocupações excessivas com o econômico em detrimento do humano.

Bolsonaro negou a pandemia, por sua ignorância total e porque sabia que se assumisse o problema teria que agir como presidente, algo que ele não sabe, então, qual a estratégia? 

Preparar um discurso que conduzisse o seu rebanho a acreditar nele, logo, tratou de usar os mesmos elementos discursivos e fantasiosos. Isso porque nesse ponto, sabe muito que seu eleitorado/fiel tem uma capacidade intelectual reduzida, assim como ele sabe bem que foi eleito não para atender a apelos de um Brasil longe da corrupção. O sujeito que votou em Bolsonaro, o homem comum que se intitula “cidadão de bem”, “o correto”, “o justo”,  “o homem de família”, “o pagador de impostos” e toda esses termos vazios e superficiais, elegeu Bolsonaro porque ele os atende em seus instintos mais primitivos, cruéis e selvagens. O eleitor do Bolsonaro sofre dos mesmos recalques que ele,  possuem o mesmo quadro psicológico.




Suas ações nesse últimos dias, revela um sujeito sádico, que age em benefício próprio, custe o que custar, mesmo que o custo seja a vida de pessoas. Bolsonaro fez da presidência seu quintal, seu salão de festas. Onde com seus filhos e seu grupo de amigos milicianos, estão comandando a festa em causa própria, sem se importar com os resultados ou qualquer tipo de punição. Afinal, nem ele mesmo acreditava que seria eleito, isso só foi possível porque parte dos sociopatas/eleitores transferiram suas vontades reprimidas na figura de um líder.

Em 2003, o filósofo camaronense Achille Mbembe criou  termo necropolítica e necropoder, para cunhar todas as ações do Estado visando o extermínio dos indesejáveis, dos ditos povos inferiores e colonizados. Esse termo serve para caracterizar as ações políticas que desfavorecem os mais pobres, que elimina de forma sistemática os indesejáveis e mantêm o status quo em benefício de determinados grupos econômicos. Bolsonaro é o legítimo representante dessa política e não podemos culpa-lo, pois ele sempre foi sincero em seus discursos que exalavam, durante a campanha, racismo, xenofobia, sexismo e toda a sorte de preconceito e ódio.

Bolsonaro precisa ser expulso o quanto antes, os doentes da alma e mente que votaram nele precisam ser curados o mais rápido possível e esse triste capítulo de nossa história precisa ser superado.


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